quarta-feira, 11 de julho de 2012

Me chama



Chove lá fora
E aqui tá tanto frio
Me dá vontade de saber...

Aonde está você?
Me telefona
Me Chama! Me Chama!
Me Chama!...

Nem sempre se vê
Lágrima no escuro
Lágrima no escuro
Lágrima!...

Tá tudo cinza sem você
Tá tão vazio
E a noite fica
Sem porque...

Aonde está você?
Me telefona
Me Chama! Me Chama!
Me Chama...

Nem sempre se vê!
Mágica no absurdo
Mágica no absurdo
Mágica!...

Nem sempre se vê!
Lágrima no escuro
Lágrima no escuro
Lágrima!...

Nem sempre se vê!
Mágica no absurdo
Mágica no absurdo
MÁGICAA!...

Nem sempre se vê!
Lágrima no escuro
Lágrima no escuro
LÁGRIMAA!...


Lobão.


domingo, 8 de julho de 2012

Sobre envelopes e renuncias

(...)

Me faltam palavras para iniciar este texto, talvez você me compreenda. Sempre tive uma inspiração, um motivo para voltar como um marinheiro que por mais que estive a muito tempo em um porto distante sempre sentiu (ou sentia) falta do seu porto seguro. O problema é quando esse marinheiro não percebe que tudo ao seu redor mudou, as palavras já não se encontram mais, nossas mão dadas não significam aliança e o brilho do seu olhar já não diz mais nada a sua presença.

Sinto como se tivesse um espinho bem no meio peito, a unica diferença é sobre o que escorre, pois neste momento não é sangue que se derrama sobre meu corpo mais sim sentimentos, cada segundo que se passa sinto que meus sinais vitais estão caindo, mas infelizmente não existe transfusão de sentimento, como já disse o Criolo "existe coisas que band-aid não sará, as feridas da alma).

Não existe rancor, raiva ou amargura (por mais doa, e dói imensamente te dizer isso) só espero que você seja feliz e que eu consiga encontrar o meu caminho. Tentei te dar o mundo, todo o sentimento que aprendi a cultivar em meio a caos que minha vida se tornou quando apresentado a você não valeu de nada.

Hoje, desembarquei em um porto novo mas o tempo é chuvoso, não possuo nada em meus bolsos nem mesmo um bilhete ou uma fotografia me dizendo "volte logo, Amor". Estou sem nada, apenas com uma palavra na mente palavra esse que não diz respeito a sua presença mas sim com a sobrevivência apesar da sua ausência.

Não consegui amenizar a dor do meu peito com essas palavras, mas quero que fique relatado aqui o fim das lastimas, o fim do espera e o fim do "débito". Caso um dia sejamos nós outra vez, que seja natural e sem nada que nos trave o riso outra vez.

Levarei minha vida, iniciarei minha carreira no Design, darei a volta por cima de tudo isso, apenas com um envelope vazio nos bolsos e uma renuncia, a palavra: Para Sempre.


"Prometo a mim mesmo"