domingo, 28 de agosto de 2011

Arquivar.

Nunca é do jeito que eu queria. E quando é, eu não quero.


Tati Bernardi

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Hoje eu "doei" meu escapulário.

domingo, 21 de agosto de 2011

!



Final de semana Hard Core.


Blog monstro, pra quem gosta de filmes Junkies:
Arapongas Rock Motor

domingo, 14 de agosto de 2011

"não teria interesse em uma entrega amigável ?

Sobre todas as coisas que eu não quero falar



Vim lhe trazer, de volta tudo aquilo que você tentou me ofertar. Com carinho e paciência - eu sei - sou um tanto complicado e você com toda a boa-vontade-do-mundo tentou ser paciente, tentou acreditar que eu seria alguém legal. Me desculpe, baby.

Não julgue-me por não saber sentir, não me condene por preferir a solidão.Apenas abra espaço, e solicite os papeis para cadastrar no "B.I" todo aquele afeto, todas as palavras e todos aqueles sonhos tão repletos de esperança. Novamente, peço desculpas por não saber sentir.

Infelizmente, eu continuo sendo uma pessoa muito centrada no meio do furação, me entende (?). É como se trabalha-se o ano inteiro para perder tudo em Vegas em uma só noite, ver todo aquele esforço, suor e lágrimas sento dizimado em menos de 12 horas em uma cidade que não perdoa sonhos nem acredita em palavras, uma cidade que o único interesse é levar embora o que você lutou para construir.

Não me julgo uma pessoa triste, me julgo apenas uma pessoa a-normal. Com todo o perdão da expressão, mas a expressão ficara ao seu critério. Não me importo com os rotúlos impostos pelo dia-a-dia, apenas me oponho a fazer parte do time do Seja-o-que-todo-cara-quer-ser, me esforço, com todo o meu empenho para fazer parte do time O-tipo-errado-de-cara-errado.

Me responde uma coisa, é errado seguir o coração ?


Toda vez que abro a pagina "Postagem" sinto uma grande dificuldade de alinhas os pensamentos, tudo vai saindo tão "Corre-Corre pois as comportas estão fechando e não podemos ficar presos aqui dentro", tudo sai tão fora de ordem, por isso procuro não ler os textos antes de postar, deixo acontecer, também procuro não postar os textos que escrevo no meu Black Book, sobre os meus dias de chuva.

E sobre a Entrega Amigável, pode cadastrar no b.i, anexar no portal, só faço um adendo: Essa entrega deverá ser quitativa, te entrego tudo o que eu tenho mas em troca quito a minha divida, ok ?





(. . .)


Baseado em fato Ficticios,
que povoaram a minha mente ao longo dessas semanas.

sábado, 13 de agosto de 2011

Eu acabei de ter certeza que eu tenho medo das coisas normais, pessoas normais, sentimentos normais, vidas normais e familia normais.



"Sentimento como Guia,
Sinceridade como Religião"

Gabaritos rasurados

"A vida é uma escola" e nela são aplicados testes diários, após perder muito tempo, bater a testa diversas vezes, percebi que os "professores" não são quem formulam as provas eles apenas as aplicam. Quem formula suas provas é você mesmo, através das suas atitudes, aquele velho jargão é perfeito para ilustrar: " Aqui se faz, aqui se paga ".

Espero apenas que essa temporada consciente-dos-próprios-atos se enraize e se enfatize no meu peito. A primeira "prova" já foi aplicada hoje, graças a Deus "me-sai-bem".


Ao som,
Amy Winehouse - Back to Black (Live and 13)

Anotações Insensatas

Mas não se pode agir assim, a amiga avisou no telefone. Uma pessoa não é um doce que você enjoa, empurra o prato, não quero mais. Tentaria, então, com toda a delicadeza possível, sem decidir propriamente decidiu no meio da tarde — uma tarde morna demais, preguiçosa demais para conter esse verbo veemente: decidir. Como ia dizendo, no meio da tarde lenta demais, escolheu que — se viesse alguma sofreguidão na garganta, e veio — diria qualquer coisa como olha, tenho medo do normal, baby.

Só que, como de hábito, na cabeça (como que separada do mundo, movida por interiores taquicardias, adrenalinas, metabolismos) se passava uma coisa, e naquele ponto em que isso cruzava com o de fora, esse lugar onde habitamos outros, começava a região do incompreensível: Lá, onde qualquer delicadeza premeditada poderia soar estúpida como um seco: não. E soou, em plena mesa posta.

Tanto pasmo, depois. Sozinho no apartamento, domingo à noite. Todas as coisas quietas e limpas, o perfume adocicado das madressilvas roubadas e o bolo de chocolate intocado no refrigerador — até a televisão falar da explosão nuclear subterrânea. Então a suspeita bruta: não suportamos aquilo ou aqueles que poderiam nos tornar mais felizes e menos sós. Afirmou, depois acendeu o cigarro, reformulou, repetiu, acrescentou esta interrogação: não suportamos mesmo aquilo ou aqueles que poderiam nos tornar mais felizes e menos sós? Não, não suportamos essa doçura.

Puro cérebro sem dor perdido nos labirintos daquilo que tinha acabado de acontecer. Dor branca, querendo primeiro compreender, antes de doer abolerada, a dor. Doeria mais tarde, quem sabe, de maneira insensata e ilusória como doem as perdas para sempre perdidas, e portanto irremediáveis, transformadas em memórias iguais pequenos paraísos-perdidos. Que talvez, pensava agora, nem tivessem sido tão paradisíacos assim.

Porque havia o sufocamento daquela espécie de patético simulacro de fantasia matrimonial provisória, a dificuldade de manter um clima feito linha esticada, segura para não arrebentar de súbito, precipitando o equilibrista no vazio mortal. Cheio de carinho, remexeu no doce, sem empurrar o prato. Preferia a fome: só isso. Pelo longo vício da própria fome — e seria um erro, porque saciar a fome poderia trazer, digamos, mais conforto? — ou de pura preguiça de ter que reformular-se inteiro para enfrentar o que chamam de amor, e de repente não tinha gosto?

De onde vem essa iluminação que chamam de amor, e logo depois se contorce, se enleia, se turva toda e ofusca e apaga e acende feito um fio de contato defeituoso, sem nunca voltar àquela primeira iluminação? Espera, vamos conversar, sugeriu sem muito empenho. Tarde demais, porta fechada. Sozinho enfim, podia remexer em discos e livros para decidir sem nenhuma preocupação de harmonia-com-o-gosto-alheio que sempre preferira um Morrison a Manuel Bandeira. Sid Vicious a Puccini. A mosca a Uma janela para o amor, sempre uma vodca a um copo de leite: metal drástico. Era desses caras de barba por fazer que sempre escolherão o risco, o perigo, a insensatez, a insegurança, o precário, a maldição, a noite — a Fome maiúscula. Não a mesa posta e farta, com pratos e panelas a serem lavados na pia cheia de graxa — mas um hambúrguer qualquer para você que escrevo. Mas os escritores são muito cruéis, você me ama pelo que me mata com coca-cola no boteco da esquina, e a vida acontecendo em volta, escrota e nua.

Não muito confuso, assim confrontado com sua explícita incapacidade de lidar com. A palavra não vinha. Podia fazer mil coisas a seguir. Mas dentro de qualquer ação, dentes arreganhados, restaria aquela sua profunda incapacidade de lidar com. Um instante antes de bater outra, colocar uma velha Billie Holiday e sentar na máquina para escrever, ainda pensou: gosto tanto de você, baby. Só que os escritores são seres muito cruéis, estão sempre matando a vida à procura de histórias. Você me ama pelo que me mata. E se apunhalo é porque é para você, para você que escrevo — e não entende nada.



O Estado de S. Paulo 22/04/1987



Caio F.

domingo, 7 de agosto de 2011

sobre Marionetes e Relógios

Eu juro que antes de começar a "exorcizar" este texto eu procurei um cigarro, qualquer um mesmo, apenas para embalar as palavras e o seu cheiro de "morte" contrastar com o cheiro de "vida" que me peito exala a arrancar de dentro estas palavras tão "minhas".
Antes de iniciar este texto, procuro também uma musica agradável aos meus ouvidos, mas sei que sinceramente estou procurando algo para me distrair de colocar tudo para fora. O unico medo que possuo é de excluir o unico elo que sobrou entre Eu & Eu, ultimamente ando pouco concentrado na minha vida, na minha cabeça passam apenas palavras aleatórias, sinto que as minhas vontades foram retiradas de mim, e hoje as minhas atitudes são apenas vontades de um "outro Eu" que habita em meu ser, neste momento sinto dificuldade em escrever este texto, presto muito a atenção nos erros de português - coisa que não é normal quando escrevo neste blog - presto a atenção bno barulho dos carros na Rua, aliás presto a atenção em tudo que tenta me desatentar nesta escrita, neste momento sinto o teclado pesado, como se estivesse digitando em uma velha maquina de escrever, que mesmo velha ainda é capaz de produzir e protagonizar grandes hiustórias, como está que acaba de morrer em minhas mãos - agora - como um médico que perde um neném no momento do parto, ou como um passaro que perde a vida no momento do seu primeiro voo.

Não sei se vocês perceberam - ou se alguém prestou a atenção - ando sozinho, procuro me afastar de tudo e de todos tentando encontrar algo no qual eu possa acreditar e c...

- Raiva

- Raiva

- Raiva e palavras desconexas tomaram conta desta locução.






Era uma vez um texto, in-feliz aquele que acreditou que nesta temporada poderia sair alguma "pérola".