terça-feira, 29 de março de 2011

Timoneiro



Cai, o muro de Berlim
E as rádios tupiniquins ainda amarelam de tocar algo assim
Hoje em dia talvez se eu nao estivesse nesse jogo da rima
Estaria a sete palmos abaixo de terra, rosas vermelhas caindo e meus camaradas lá em cima
Sem deixar pegadas ou pistas
Quilos e quilômetros de boas batidas e rimas
Bem debaixo das suas barbas, bem debaixo de suas vistas
Olhando pelo olho do meu futuro sogro figuro como figura malquista
Fico melhor na cela como réu do que na sala como visita
Insisto e repuxo ismos
Seios me rechaçam isto, por isso não insista
Blasfeme, esbraveje e mande para aquele lugar
Pois nao há onde nao fui
Bisneto de Alah, neto de Marley, filho de Rui
Organismos, formas genes que rebatem sangue ruim
Deus agradeço por tudo que tenho
Familia e amigos, rascunhos e desenhos
Os negros na casa grande e senhores feudais ralando no engenho
Foda-se de onde venho
Na sua frente estou, pow
Quebrou o espelho, sete anos de azar, vou dar
Um perdido nos que se acham e não têm mais como voltar, ah ah...




Sei lá, apenas não me sinto feliz.

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