sábado, 2 de outubro de 2010

..sobre arroz e flores !

Bem, para dizer a verdade o meu texto não tem nada a vê com o arroz que comi hoje, nem com as flores que ilustraram meu caminho até o serviço. Eu quero dizer que (ainda não sei bem a intenção real deste texto) com o decorrer do texto, talvez eu consiga por para fora os cadáveres que se encontram dentro de mim.

Muitos dias se passaram desde a partida, no começo a dor parecia não ter mais fim, era como se houvesse um corte no meu peito, que toda vez que o vento soprava com violência fazia com que eu me contorcesse de dor, os dias passaram, não sei o que ajudou na cicatrização talvez seja a presença constante dos ventos ou a carcaça na qual a dor se instalou, calejada por frustrações, cheia de cicatrizes de amores mal resolvidos, para falar a verdade eu não sei, só sei que a dor passou !

Depois de uns dias e algumas conversas com uma pessoa que apareceu de maneira inusitada em minha, como um bilhete premiado você não lembra como conseguiu só se recorda do momento no qual olhou para as mãos e percebeu o tamanho e a importância do que o destino lhe proporcionou, com você não foi diferente, quer dizer, o seu sorriso vale muito mais que qualquer bilhete premiado, e o dono do seu sorriso com toda a certeza do mundo pode se considerar o cara mais rico da face da terra, não digo de riqueza de bens materiais, mas sim de riqueza de espírito, nobreza de alma, tesouros de sentimento.

Para você pode parecer estranho, neste momento eu resolver tomar esta atitude, mas é que não estava agüentando segurar dentro de mim o que eu sinto por você, você é uma menina de ouro, é como um pássaro raro, que nos encanta com a sua beleza, mas apaixona aqueles que prestam a atenção no seu canto, é como eu disse para você pela manhã “a sua beleza me chama a atenção, mas o seu diferencial é o seu caráter e “bravisse” ” são estes pequenos detalhes que me motivam a escrever esta carta, neste momento eu não lhe vejo como uma “amiga” te vejo como uma confidente e alguém no qual eu estou criando um sentimento, na verdade eu estou me permitindo sentir algo por você. Acredito que toda as desilusões que tivemos no passado referentes aos “amores despedaçados” nos tornaram compreensivos o suficiente para aproveitarmos esse momento.


Ah e o “arroz e as flores” é como dizia o poeta: “Você deve comprar arroz e flores, arroz para viver e flores para ter pelo o que viver” por isso que eu joguei uma pétala de rosas ao ar e desenhei seu nome no céu.
















De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.



Vinícius de Moraes

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